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Geraizeiros da comunidade de Moreiras realizam autodemarcação de seu território

Publicado em 27 de Novembro de 2013 às 14:29

Geraizeiros da comunidade de Moreiras realizam autodemarcação de seu território

 Na manhã do ultimo dia 09, na comunidade de Moreiras, município de Rio Pardo de Minas, Norte de Minas Gerais, cerca de 100 geraizeiros e geraizeiras percorreram e demarcaram os limites de seu território tradicional. Além dos moradores, participaram jovens rurais oriundos de comunidades quilombolas, vazanteiras, geraizeiras, catingueiras e indígenas de municípios do Norte de Minas e do Sudoeste da Bahia e representantes do STR de Rio Pardo de Minas, Movimento Geraizeiro, Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas, Movimento dos Pequenos Agricultores, Movimento Sem Terra e CEAS – Centro de Estudos e Ação Social.

A autodemarcação de territórios é uma estratégia que, desde 2004, vem sendo adotada pelas comunidades tradicionais do Norte de Minas. Inspirada na ação dos povos indígenas, a comunidade geraizeira de Vereda Funda foi a primeira a fazer a autodemarcação de seu

território, inspirada no intercâmbio com os povos Tupiniquins Guarani do Espírito Santo, no âmbito da Rede Alerta Contra o Deserto Verde. A partir do aprendizado vivenciado durante as visitas, em diálogo com professores da UNIMONTES, a comunidade identificou os limites e marcos de seu território. Carlos Dayrell,  pesquisador da equipe do CAA-NM  aponta o contexto em que vem acontecendo estes processos. “A comunidade se reconhece como diferenciada e percebe que para garantir a sua reprodução social e cultural utiliza um território que nem sempre é aquele descrito nos títulos de propriedade. Está associado aos direitos consuetudinários, que são preservados pela tradição. Uma forma das comunidades reafirmarem e protegerem seus territórios frente ao avanço dos grandes empreendimentos”, explica Carlos Dayrell.

“A autodemarcação é uma alternativa que a comunidade encontrou de tentar resolver os problemas referentes ao direito a terra. Atualmente, a área está devastada e com a realização deste processo a comunidade irá se unir. Para isso precisamos do apoio de parceiros, para futuramente  recuperarmos a área e o nosso Cerrado”, relata Maria do Carmo da Silva, presidente da Associação Comunitária de Moreiras.

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Editado por: Fabiano Cordeiro César