Desde a sua fundação em 1989, o CAA/NM vem construindo uma opção de acompanhamento técnico em comunidades rurais, onde busca romper com o modelo extensionista baseado na Teoria da Difusão de Inovações e nos tradicionais pacotes da “Revolução Verde”, aportando novos enfoques metodológicos. É assim que o CAA/NM, influenciado pelas concepções dos movimentos sociais e consciente do processo desenvolvimentista em curso, toma caminhos de definições conceituais trilhados pelos próprios atores sociais, que cuidam de mostrar os limites e ambiguidades dos esquemas formais, e traça alguns princípios básicos que irão nortear as suas ações, sendo estas:
O Nucleo Territórial do Alto Rio Pardo abrange uma área de 16.502,30 Km². A população total do território é de 192.118 habitantes, dos quais 86.210 vivem na área rural, o que corresponde a 44,87% do total. Sendo esses dividos entre agricultores e agricultoras familiares, famílias assentadas e 1 comunidade quilombola. A população se denomina Geraizeira, o bioma predominante é o Cerrado com áreas de transição para a Caatinga.
No território foi recentemente aprovada a Reserva de Desenvolvimento Sustentável-Nascentes Geraizeiras com área de 38.177 Hectares e ainda o Projeto de Assentamento Extrativista Veredas Vivas com área aproximada de 5000 Hectares, beneficiando 100 famílias. Essas ações teve participação do CAA/NM na construção e elaboração dos projetos e luta pela implantação. A organização tem atuação em cinco municípios do território são eles: Rio Pardo de Minas, Taiobeiras, Montezuma, Vargem Grande do Rio Pardo e Santo Antônio do Retiro. As ações são desenvolvidas em parceria com outras instituições/organizações principalmente os Sindicatos, Associações, Cooperativas, Embrapa, UFMG, Associação Mineira das Escolas Famílias Agrícolas-AMEFA e a Escola Família Agrícola Nova Esperança de Taiobeiras-EFA/NE, promovendo debates e capacitações sobre temas como agroecologia, gênero e território. A organização participa também da Rede Sócio Técnica, constituída por agricultores, técnicos e pesquisadores de diversas organizações que discutem e interagem sobre as ações no território.
Atualmente o CAA/NM vem executando os seguintes projetos no território como: Ater Sustentabilidade, PAIS, Programa Uma Terra e Duas Aguas - P1+2, Enlaçando Experiências, Mais Gestão, Ates INCRA e Monitoramento Petrobrás. Beneficiando aproximadamente 600 famílias. Além de acompanhar a implantação de 2 bancos de Sementes Comunitário em Taiobeiras e Rio Pardo de Minas.
O núcleo territorial Gerias da Serra é composto pelos municípios de Francisco Sá, Grão Mogol, Riacho dos Machados, Cristalia, Fruta de Leite, Padre Carvalho e Josenópolis, abrange uma área total de 9.692,548 Km². A região é caracterizada pela presença do bioma cerrado. Compõe a bacia do São Francisco e Jequitinhonha, além dos rios Peixe Bravo e Itacambiraçu.
O núcleo possui povos Quilombolas e Geraizeiros, que se destacam por suas peculiaridades para sobressair em relação às condições climáticas daquela região. Apesar das dificuldades enfrentadas, principalmente pela falta de recursos hídricos, a diversidade do cerrado local proporciona meios de subsistência e resistência destas famílias. Destaca-se o extrativismo vegetal, ampliando a diversidade da subsistência deste povo, produção de polpas de frutas, doces, licores, óleos, fitoterápicos, artesanatos, avicultura, suinocultura e bovinocultura desenvolvida em áreas de soltas.
Quanto à implantação de lavouras, o núcleo territorial enfrenta mudanças climáticas severas, que ocasionam frustações consecutivas nos últimos cinco anos, fator que gera preocupação dentre os agricultores, pois a cada ano reduz a capacidade de reserva das sementes crioulas, utilizadas e conservada pelos mesmos.
O núcleo Gerais da Serra é uma região muito visada por multinacionais, devido o potencial de recursos naturais (ouro e ferro). Devido a isso o Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas-CAA/NM inicia um trabalho de orientação e alerta aos agricultores sobre os impactos e devastações que podem ser proporcionados pela instalação destas empresas na região para exploração destes recursos.
O CAA/NM atua com diversos temas e projetos, sendo especificamente neste núcleo seis projetos, 17 técnicos, atendendo diretamente 1.776 famílias. São efetivados trabalhos com tecnologias para captação e aproveitamento dos recursos hídricos, acompanhamento técnico, atividades com crianças, jovens e mulheres.
O núcleo territorial Gerias da Serra é composto pelos municípios de Francisco Sá, Grão Mogol, Riacho dos Machados, Cristalia, Fruta de Leite, Padre Carvalho e Josenópolis, abrange uma área total de 9.692,548 Km². A região é caracterizada pela presença do bioma cerrado. Compõe a bacia do São Francisco e Jequitinhonha, além dos rios Peixe Bravo e Itacambiraçu.
O núcleo possui povos Quilombolas e Geraizeiros, que se destacam por suas peculiaridades para sobressair em relação às condições climáticas daquela região. Apesar das dificuldades enfrentadas, principalmente pela falta de recursos hídricos, a diversidade do cerrado local proporciona meios de subsistência e resistência destas famílias. Destaca-se o extrativismo vegetal, ampliando a diversidade da subsistência deste povo, produção de polpas de frutas, doces, licores, óleos, fitoterápicos, artesanatos, avicultura, suinocultura e bovinocultura desenvolvida em áreas de soltas.
Quanto à implantação de lavouras, o núcleo territorial enfrenta mudanças climáticas severas, que ocasionam frustações consecutivas nos últimos cinco anos, fator que gera preocupação dentre os agricultores, pois a cada ano reduz a capacidade de reserva das sementes crioulas, utilizadas e conservada pelos mesmos.
O núcleo Gerais da Serra é uma região muito visada por multinacionais, devido o potencial de recursos naturais (ouro e ferro). Devido a isso o Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas-CAA/NM inicia um trabalho de orientação e alerta aos agricultores sobre os impactos e devastações que podem ser proporcionados pela instalação destas empresas na região para exploração destes recursos.
O CAA/NM atua com diversos temas e projetos, sendo especificamente neste núcleo seis projetos, 17 técnicos, atendendo diretamente 1.776 famílias. São efetivados trabalhos com tecnologias para captação e aproveitamento dos recursos hídricos, acompanhamento técnico, atividades com crianças, jovens e mulheres.
O Núcleo Territorial do Planalto São Franciscano ocupa uma área total de 28.680,760 km² e é composto por vários municípios sendo Montes Claros, Brasília de Minas, Bocaiúva, Coração de Jesus, Francisco Sá, Ibiracatu, São João da Ponte e Varzelândia os que o Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA/NM) mais está presente, realizando atividades e ações diversas. É no Planalto São Franciscano que se encontra o escritório sede do CAA/NM, na cidade de Montes Claros. É também nesse núcleo territorial e no mesmo município que há 25 anos o CAA/NM se empenha em manter uma Área de Experimentação e Formação em Agroecologia-AEFA, uma propriedade rural, há 50 quilômetros da cidade onde as experiências em agroecologia são desenvolvidas, melhoradas, testadas e adaptadas a realidade da vivência dos agricultores familiares atendidos por todos os projetos. Um área destinada também a receber os sócios e colaboradores para reuniões e encontros, fundamentais na dinâmica institucional, como por exemplo programa modular de formação e reciclagem dos técnicos.
O núcleo territorial Planalto São Franciscano é beneficiado por diversos projetos executados pelo CAA/NM como PAIS, Enlaçando Experiências, KNH, P1MC, Projeto Casa de Sementes, ATER Quilombos, EcoForte, entre outros, contando sempre com a parceria de Sindicatos, Associações, Lideranças Locais e outras entidades. Além dos projetos, também se concentram ações e estratégias que são executadas segundo potencialidades e desafios de cada município. Temos como exemplo dessas estratégias a convivência com o semiárido na região de Capitão Enéas; o apoio às famílias extrativistas do Buriti em Brasília de Minas e um importante trabalho com sementes crioulas em Varzelândia; sendo estas estratégias ancoradas no contínuo trabalho focado no desenvolvimento da agroecologia em todas as regiões do núcleo territorial onde o CAA/NM está presente.
No Núcleo Territorial do São Francisco identificamos diversos povos, os Indígenas Xakriabás localizados entre os municípios de São João das Missões, Miravânia e Itacarambi. Os Vazanteiros e Quilombolas ocupam as vazantes do rio São Francisco nas faixas entre Pedras de Maria da Cruz e Matias Cardoso. Os Veredeiros localizados a margem esquerda do rio São Francisco em uma ampla faixa no município de Januária, Bonito de Minas, Chapada Gaúcha e Cônego Marinho.
O Núcleo São Francisco tem peculiaridades que orienta nosso trabalho, diversidade de povos e comunidades tradicionais que se faz presente e requer um aprofundamento e apontamentos diferenciados na forma de atuação, formas de uso dos agroecossistemas diferenciado e paisagens com diversos ambientes que requer um entendimento da logica de uso pelos povos e comunidades presentes. Existe também atuação de vários atores, entidades, organizações, instalação de tecnologias sociais de convivência com o semiárido, projetos de geração de renda e aproveitamento do agroextrativismo. O bioma marcante é o Cerrado com amplas faixas de transição, com as caatingas e matas secas. Contudo é marcado por uma intensa degradação com desmatamentos e assoreamento de rios, córregos e veredas, presença de parques com lógica de unidades de conservação de proteção integral que atacam os direitos dos povos e comunidades.
O CAA/NM vem atuando nessa região com diversos temas e projetos de apoio aos povos e comunidades tradicionais. Ações de apoio à luta pela garantia dos territórios tradicionais, apoio jurídico e organizacional, acompanhamento sócio técnico a projetos produtivos como processamentos de frutas, instalação de casas de farinhas, padaria comunitária, oficina de rapadura, apoio técnico na formação em boas práticas de produção de alimentos, ações e atividades com o manejo da agrobiodiversidade, resgate uso e conservação das sementes tradicionais, instalação de casas de sementes, apoio na instalação de campos de produção de sementes e melhoramento participativo de variedades tradicionais de milho.
O Núcleo Territorial Serra Geral é composto por uma faixa de municípios de Monte Azul à Jaíba e é assim denominado por estar circundado pela Serra do Espinhaço, conhecida popularmente por Serra Geral. Neste núcleo, encontram-se comunidades tradicionais Quilombolas, Catingueiras e Geraizeiras. É um núcleo muito bem provido de água e terra de boa qualidade. Contudo, principalmente a partir dos anos 1970 pelo direcionamento de políticas públicas orientando à constituição de “Pólos de Desenvolvimento” em torno de grandes projetos de agricultura irrigada, juntamente com a criação extensiva de gado por grandes fazendeiros, é criado um conflito de racionalidades diferentes. Por esta pressão hídrica e por terra, há uma intensa luta e articulação destes povos e comunidades tradicionais contra a expropriação dos seus territórios. Territórios tradicionais que sempre foram marcados pela reprodução material e simbólica advindo do modo de vida destas populações, onde há laços de parentesco causando grande compartilhamento dos bens naturais da região. Destaca-se na articulação da luta em defesa do território tradicional o quilombo do Gurutuba, que abrange a maior parte do Núcleo Territorial Serra Geral (Pai Pedro, Catuti, Monte Azul, Jaíba, Janaúba e Porteirinha).
Neste sentido, no contexto deste núcleo territorial conjugam-se pelo menos três categorias identitárias: os Gurutubanos, os Caatingueiros e os Geraizeiros, definidos a partir de unidades sócio naturais (o vale do Gurutuba e seus habitantes tradicionais, a Caatinga e seus habitantes tradicionais, o Gerais ou Cerrado e seus habitantes tradicionais). Caatingueiros e Geraizeiros se afirmam “etnicamente” por contraposição, ou seja, na região de Caatinga, seus habitantes tradicionais chamam os que vivem no Gerais/Cerrado ou uma das suas diversas formações como a transição para a Caatinga e a Mata Seca, de Geraizeiros, já no Cerrado, seus habitantes tradicionais chamam os que vivem na Caatinga de catingueiros.
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