Publicado em 16 de Outubro de 2013 às 17:55
Durante a I Feira da Agrobiodiversidade do Semiárido Mineiro realizada na última sexta-feira (11) em Montes Claros/MG foi lida e aprovada a CARTA DO I ENCONTRO DE AGROBIODIVERSIDADE DOS POVOS DO SEMIÁRIDO MINEIRO: AGROBIODIVERSIDADE, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DIREITO DOS AGRICULTORES E AGRICULTORAS. O documento sintetiza o debate realizado durante os 4 dias do evento, que contou com cerca de 600 participantes, dentre povos indígenas e quilombolas, comunidades vazanteiras, veredeiras, ribeirinhas, geraizeiras, catingueiras, sertanejas e apanhadoras de flores sempre-vivas; representantes de movimentos sociais, sindicatos, organizações da sociedade civil, articulações, redes, universidades e instituições públicas de pesquisa e extensão, com representações de Guatemala, Honduras, México, Colômbia e Costa Rica.
A Carta apresenta o modo de vida e de produção das guardiãs e guardiões da agrobiodiversidade como cuidadores de todas as formas de vida. A expropriação territorial proporcionada pelo avanço dos empreendimentos do agronegócio com suas monoculturas (principalmente de eucalipto no Norte de Minas), das mineradoras, das usinas hidroelétricas e grandes barragens para irrigação é apresentada como grande ameaça à conservação da agrobiodiversidade.
O debate girou entorno do Plano de ações estratégicas para o uso e gestão compartilhada da agrobiodiversidade pelos povos e comunidades tradicionais do Semiárido de Minas Gerais, construído durante doze meses pela Rede de Agrobiodiversidade do Seminário Mineiro.
Para conhecer a versão completa da carta, clique aqui.
Editado por: Helen Dayane Rodrigues Santa Rosa