“É do CERRADO que as águas brotam. Com a destruição dos cerrados 312 rios e córregos já secaram no Norte de Minas. As terras dos Cerrados estão sendo griladas pelas firmas de Eucalipto e de mineração”, denuncia o Movimento Geraizeiro em carta aberta. Para alertar a sociedade sobre esta triste realidade, serão realizadas mobilizações no Norte de Minas e Brasília/DF.

Para Orlando dos Santos, liderança do movimento a grande reivindicação é a devolução das terras para as comunidades geraizeiras. “Nós vivemos aqui há séculos, sempre cuidamos e protegemos o Cerrado. Queremos que a terra seja retomada pelos geraizeiros, que sempre viveram aqui e as comunidades tradicionais que vivem no Cerrado”, afirma. Eliseu José de Oliveita, outra liderança geraizeira afirma: “é com a nossa produção diversificada de alimentos como a farinha de mandioca, goma, rapadura, milho, feijão, que muitos mercados são abastecidos. Fornecemos leite, carne, ovos, mas também produtos como o pequi, panã, coquinho azedo e uma grande diversidade de plantas medicinais que são utilizadas no tratamento de doenças, a exemplo da coleta da Favela. Nós sabemos aproveitar o potencial do cerrado sem destruir, mas o que estamos vendo são nossas comunidades serem expropriadas e encurraladas”.

Na região do Alto Rio Pardo estão previstas atividades de formação sobre o impacto dos empreendimentos minerários e das grandes monoculturas de eucalipto nas áreas do cerrado norte-mineiro. Em Brasília, na tarde de quinta-feira (12) está prevista audiência com o Ministério do Meio Ambiente e Secretaria Especial da Presidência para debater a pauta geraizeira. Em destaque a criação das Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Nascentes  dos Gerais localizada entre os municípios de Rio Pardo de Minas, Montezuma e Vargem Grande do Rio Pardo e a RDS Tamanduá localizada no município de Riacho dos Machados.

Colaboração:  Assessoria de Comunicação CAA-NM – Helen Santa Rosa – 9184-2913 e 9179-0800.