Durante os dias 12 e 13 de março, representantes e parceiros do Movimento Geraizeiro se reuniram em Salinas para planejarem as atividades do ano de 2016. Além da organização das agendas, o momento foi marcado por reflexões e balanços sobre a atuação do Movimento Geraizeiro, assim como a representação da união de forças por uma só luta: a defesa do Cerrado.

Orlando dos Santos,  geraizeiro, explica que a importância de reunir parceiros e representantes do movimento demonstra que todos estão interligados, garantindo a participação  coletiva nas ações apontadas no planejamento: “Na maioria das vezes a gente começa fazendo algumas lutas e deixando muitas pontas soltas, então esses dois dias foram para amarrar essas pontas e começar 2016 com tudo organizado”, conta.

Um tópico importante abordado na reunião foi a participação de jovens  geraizeiros nos espaços de atuação do Movimento. Eliad Gisele, quilombola da comunidade de Raiz e geraizeira, conta que como jovem vê a importância de estar presente nesses espaços: "O Movimento mostra os caminhos que o jovem deve trilhar como homem do campo e como assumir a sua identidade. Participar do Movimento é uma confiança que a gente ganha a mais, uma força e apoio nas nossas lutas".

Samuel Caetano, colaborador do Centro de Agricultura Alternativa – CAA/NM, explica que a participação de instituições parceiras nesse movimentos é importante para a garantia de direitos das comunidades: “Esses movimentos possibilitam às comunidades reivindicarem seus direitos, demarcarem seus territórios e fazer todo o processo para continuarem nas suas terras, garantindo sua reprodução social e cultural de forma digna, porque no país que a gente vive hoje o direito parece que é favor, e se não tiver esses movimentos de pressão, de articulação, solidariedade, essas comunidades não conseguem se manter”.