Curso de Restauração de Áreas Degradadas no Cerrado
Curso de Restauração de Áreas Degradadas no Cerrado

Curso de Restauração de Áreas Degradadas no Cerrado

Por Paula Lanza Barbosa
Editado por Paula Lanza Barbosa

Publicado em 20 de Fevereiro de 2019 às 09:28

Representantes das iniciativas dos povos indígenas, comunidades quilombolas e comunidades tradicionais do Cerrado brasileiro apoiadas no 1° e 2° edital do projeto DGM Brasil participaram, de 13 a 15 de fevereiro, em Brasília (DF), do curso de Restauração de Áreas Degradadas no Cerrado.

A atividade foi realizada pelo Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA/NM), agência executora nacional do DGM Brasil, junto ao Projeto Bem Diverso, que é fruto da parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A consultora especializada em gestão do conhecimento, capacitação e mobilização do DGM Brasil, Paula Vanucci, explica que “esse é o primeiro curso do Plano de Capacitação que tem como proposta atender as demandas apresentadas pelos subprojetos”.

Na ocasião, os grupos tiveram a oportunidade de trabalhar a partir de fotografias de suas próprias regiões, sendo estimulados a diagnosticar e recomendar métodos de recuperação. No momento seguinte construíram métodos de restauração a serem utilizados nos subprojetos com exposição de pôsteres, apresentando as vantagens e riscos de cada alternativa.

Visita de campo

O final da atividade se deu com uma visita de campo a três diferentes áreas de projetos de restauração: área de solo empobrecido anteriormente destinado à pecuária, área de solo profundo agriculturável com plantio anterior de soja e área sem componente exótico com potencial para frutíferas e madeireiras nativas.

O facilitador do curso, Daniel Vieira, colaborador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, conta que o curso propiciou o câmbio de experiência entre técnicos e representantes de povos e comunidades tradicionais: “Foi um prazer enorme trocar experiências com os povos que querem fazer a restauração do Cerrado. Pudemos passar conceitos, técnicas e gerar soluções para os problemas expostos de forma coletiva”.

Para Érica Kazue Sato Catelan, representante da Associação Regional das Produtoras Extrativistas do Pantanal (Arpep), o curso “vai ajudar no planejamento das áreas que serão replantadas e na recuperação das nascentes e espécies nativas, contribuindo para o aprimoramento do subprojeto junto às comunidades no Mato Grosso”.

Weberson Gonçalves, da Comunidade Quilombola do Cedro, município de Mineiros (GO), também levará as ações que aprendeu nos dias do curso e as trocas de saberes com os outros representantes dos demais subprojetos: “Creio que a contribuição foi muito grande, já que além das ações que aprendemos aqui com os professores, percebemos, com os relatos das outras pessoas, que algumas dificuldades que passamos em nossa comunidade é a mesma que eles já passaram”.

O quilombola Gilmar Santos Morais, também da Comunidade do Cedro, declara que a atividade contribuiu para o redirecionamento de algumas ações previstas anteriormente no subprojeto. “A princípio a gente tinha a intenção de trabalhar com mudas nativas, mas aqui a gente viu que por meio da técnica de semeadura direta vai ficar bem mais barato e viável. Além disso, antes a gente estava pensando só no reflorestamento, sem levar tanto em consideração os animais. Agora aprendemos que, além das espécies nativas do Cerrado, podemos incluir as frutíferas para atrair os animais selvagens que ameaçam os plantios da comunidade”, exemplificou.

Devanir da Silva Xerente, da Associação Comunitária da Aldeia El Betel, Terra Indígena Canabrava (TO), destaca a importância das atividades práticas trazidas pelo curso: “Nós como lideranças temos que levar para as bases o que aprendemos, por isso foi muito importante aprender na prática, para conseguirmos conversar com a comunidade e com os anciãos”.

A atividade foi finalizada com uma avaliação feita pelos participantes e uma dinâmica envolvendo os representantes dos subprojetos e toda a equipe do Comitê Gestor Nacional do DGM Brasil, que também tinha agenda em Brasília. 

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