Publicado em 29 de Abril de 2014 às 16:44
A equipe de comunicadores populares da Articulação Semiárido Mineiro (ASA Minas) esteve reunida entre os dias 14 e 15 de abril, em Montes Claros, para momento de formação, acolhida dos novos comunicadores/as e planejamento anual. Participaram comunicadores da ASA/MG que integram as instituições - Cáritas Regional, Cáritas diocesana de Araçuai, Cáritas de Januária, STRPorteirinha, Cáritas Almenara e do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas – CAA/NM.
O evento contou também com a participação da assessora de comunicação da ASA Brasil Catarina de Angola, além dos membros da coordenação executiva da ASA/MG. “Achei o encontro muito produtivo. Conseguimos acolher os novos comunicadores, nivelar nossos entendimentos e reanimar a Rede de Comunicadores. Saímos com o planejamento da comunicação construído com a participação de toda coordenação estadual da Asa Minas. A comunicação significa estratégia política de formação e mobilização social dos nossos processos políticos”, explica a coordenadora executiva da ASA Minas, Valquíria Lima.
A equipe dialogou sobre a história e papel da comunicação dentro da ASA para a convivência com o Semiárido a partir da metodologia da construção da linha do tempo. Foram identificados os principais marcos e avanços de cada momento da história da comunicação dentro da ASA Minas. “Esse é um momento do fortalecimento da rede estadual de comunicação. Temos acertos e desafios e vejo que é necessário aprofundar o debate da comunicação como direito, fazer com que a comunicação popular seja para além das metas”, analisa a assessora de comunicação da ASABrasil, Catarina de Angola.
O grupo também discutiu sobre o papel da comunicação da ASA, a importância da qualidade dos produtos de comunicação como os candeeiros e os banners. Diego Alves de Souza, da Cáritas Diocesana de Araçuai é recente no grupo e a partir das discussões já se intera da importância do candeeiro. “A minha principal expectativa é poder reconhecer e valorizar histórias de vida de pessoas reais que na sua simplicidade compartilham conhecimentos e valores”, analisa.
De acordo com o planejamento estão previstas atividades para serem executadas nos próximos meses, além de estratégias de fortalecimento da rede de comunicadores como elemento político para a convivência com o semiárido. A comunicadora Priscila Souza de Carvalho, da Cáritas Regional, acompanhou o trabalho da ASA por alguns anos e faz um diagnóstico da importância da comunicação popular no semiárido. “Queremos que a população brasileira olhe com bem querer para os povos do semiárido que foi estereotipado como pobre, jeca, sem educação. Queremos reparar a dignidade dessas pessoas, levar acesso à água, à terra, mostrar que eles fazem parte da história das suas comunidades, dos municípios e do país. Que tem muito o que contar sobre a produção de alimentos, resistência na terra. São povos que carregam grandes riquezas e, fundamentalmente, para que esse povo reconheça o valor de sua própria história porque eles fazem parte do desenvolvimento deste país”, finaliza.
Editado por: Helen Dayane Rodrigues Santa Rosa