Publicado em 24 de Julho de 2013 às 16:40
Kelly Cristina de Aquino – Comunicadoras da ASA Minas/CAA/NM - Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas, Montes Claros/MG
No último dia 10 de julho, na Terra Indígena, Xakriabá, em São João das Missões, foi realizada uma reunião de esclarecimento e mobilização da I Feira de Troca de Sementes Crioulas e Agrobiodiversidade. O povo indígena saldou os participantes com uma mística cultural de acordo com os costumes da etnia.
Estiveram presentes o Cacique, representantes/lideranças das aldeias envolvidas na região, Conselheiros Xakriabá, do Projeto Gestão Ambiental Territorial Indígena – GATI, FUNAI e o coordenador do projeto PAIS, Nilton Fábio Alves Lopes, do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas/NM e representantes do governo envolvidos com projetos indígenas. A reunião teve como objetivo informar e apresentar atividades e temas que serão tratados na feira, com a mobilização e sensibilização dos participantes e colaboradores das 32 aldeias, da Terra a Xakriabá.
“A importância da feira é o seu potencial de unir todos os indígenas para promover o diálogo sobre as formas e os benefícios de fortalecer a produção e o armazenamento das sementes tradicionais da Terra Indígena. As sementes podem possibilitar o fortalecimento cultural e a conservação da agrobiodiversidade Xakriabá”, analisa o representante da Funai, que acompanha os indígenas, Carlos Alfredo Ferraz de Oliveira.
A previsão é que a I feira de Agrobiodiversidade seja realizada nos dias 19 e 20 de outubro de 2013, com objetivo de tratar temas como a importância da Agrobiodiversidade e as sementes crioulas/tradicionais na Terra Indígena Xakriabá; processo de produção e armazenamento e doações de sementes crioula nas aldeias Vargens e Sumaré, além de possibilitar a troca de experiências com as sementes crioulas/tradicionais.
Segundo o presidente da Associação do Barreiro Preto, da terra indígena Xakriabás, Nicolau Gonçalves Alquim a realização da feira será fundamental para o fortalecimento do cultivo das sementes crioulas/tradicionais.” A feira é uma iniciativa para os indígenas, já que hoje a nossa área é grande, e em conjunto podemos discutir a importância da semente crioula na nossa produção agroecológica, e também como forma de mobilizar o conhecimento e valorização das sementes na aldeia”, explica.
Editado por: Helen Dayane Rodrigues Santa Rosa