Agroecologia como um futuro possível
Agroecologia como um futuro possível

Agroecologia como um futuro possível

Por Indinayara Francielle Batista Gouveia
Editado por Indinayara Francielle Batista Gouveia

Publicado em 16 de Agosto de 2016 às 17:22

Sétima turma do Programa de Formação de Jovens reforça a importância da produção agroecológica como alternativa para uma vida sustentável e preservação de raízes culturais.​

Os pés na terra trilham o caminho para a agroecologia. O conhecimento tradicional se une ao técnico, jovens mãos anotam no papel conceitos e experimentam na prática tudo que foi passado com a intenção de construir um presente e um futuro melhor. Para além de produzir sem o uso de agrotóxicos, a juventude da VII Turma do Programa de Formação de Jovens (PFJ), dentre os dias 10 e 13 de agosto, entendeu que um produto agroecológico é diferente de um produto orgânico, já que sua produção, além de não agredir o meio ambiente, tem uma função social que contribui para o bem viver.

Os jovens do Norte de Minas e Sul da Bahia se encontraram na Área de Experimentação em Agroecologia – AEFA para o segundo módulo do curso. O momento foi de aprendizado e troca de saberes, juventude e equipe do PFJ se uniram para que o período contribuísse na formação de todos.

Erivaldo Silva, jovem que fez parte da V Turma do Programa, conta que é muito bom ver os jovens se envolvendo nesse processo, já que para ele o curso foi um incentivo e contribuiu na sua forma de produzir, “Para mim foi muito importante como agricultor, a gente já tem uma experiência que vem dos nossos avós, nossos pais, mas estudar agroecologia é enriquecer cada vez mais o nosso processo de plantação para não agredir o meio ambiente”.

A juventude começou a chegar ao espaço na quarta-feira, o dia foi de acolhida e se encerrou com a exibição do filme “Uma História de Amor e Fúria” durante a noite. A teoria e a prática fizeram parte dos outros três dias, quando os jovens conheceram a AEFA e alternativas para produzir de maneira sustentável.

“O tema é bastante oportuno porque hoje o que tem se visto são jovens migrando cada vez mais da zona rural para o perímetro urbano e a maioria desses jovens faz uma ida sem volta. Quando a gente trabalha esse curso de formação, a gente tem em vista que ainda que eles não voltem definitivamente, eles não vão perder esse laço com o ambiente rural”, explica o colaborador do Centro de Agricultura do Norte de Minas, Neucy Fagundes, que discutiu com os jovens o tema manejo e conservação de solos.  

Edilene Silva de Almeida conta que a união da teoria e prática contribui no processo de evolver outras pessoas na sua formação, “A gente vai poder passar para a comunidade da gente o que foi vivido aqui, porque não foi só escutado e algo interessante que a gente aprendeu nesse módulo é que a gente tem que valorizar nossas raízes, buscar histórias para não deixar ela acabar, mostrando para as pessoas a melhor forma de tratar o meio ambiente sem destruí-lo”.

Outro ponto marcante no Programa de Formação é a diversidade de povos que participam, é o que explica Elizângela Aquino, vice diretora geral do CAA/NM, “A gente não tá aqui com um povo isolado, a gente tá aqui em um contexto muito mais amplo, com uma diversidade de povos, desde indígena, quilombola, geraizeiro, catingueiro. Quando esse povo se encontra tem uma grande troca de experiência e de vivência, o que traz uma fortaleza para os povos e traz uma grandeza para o CAA de poder dar continuidade para essa história que a instituição tanto sonha.”

O curso é financiado e apoiado pela HEKS, realizado pelo CAA/NM, CEAS (Centro de Estudos e Ação Social) e CODECEX (Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas) e conta com a parceria do Centro Marista de Juventude e Levante Popular da Juventude, além do apoio de parceiros locais como sindicatos e associações.

 

Notícias

Publicado em 6 de Março de 2025 às 11:15

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Em parceria com a Deputada Federal Célia Xakriabá, o CAA/NM executará projeto voltado ao fortalecimento da gestão hídrica e mitigação de impactos ambientais na microbacia do Rio São Lamberto, no norte de minas

O projeto, que é fruto de uma emenda parlamentar, destinada pela Deputada Federal Célia Xakriabá, com recurso via Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) , tem como objetivo mitigar os impactos ambientais e fortalecer a gestão hídrica na microbacia do Rio São Lamberto, que abrange os municípios de Montes Claros, Bocaiúva e Claro dos Poções - MG.

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IV Edição do Encontro das Comunidades Veredeiras do Norte de Minas

O Encontro que é realizado pela ACEVER – Associação Central das Comunidades Veredeiras e conta com o apoio e assessoria do CAA/NM, aconteceu na Comunidade Barra do Tamboril, município de Januária/MG, com a presença e participação de representantes de cerca de 20 comunidades Veredeiras e Veredeiras/quilombolas, da Articulação Rosalino, do Ministério Público de MG (CIMOS), Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, SETEQ – Secretaria de Territórios e Sistemas produtivos Quilombolas e Tradicionais do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), da Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA (Ministério do Meio Ambiente …

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Intercâmbio com adolescentes do Alianças no Sertão proporciona interação e formação agroecológica, socioambiental e cultural

O CAA/NM realizou entre os dias 22 à 24 de julho de 2024, em Montes Claros – MG, um intercâmbio com adolescentes do Alianças no Sertão, proporcionando um rico espaço de interação, visitas, práticas agroecológicas, palestras e momentos formativos socioambientais e culturais. O Alianças no Sertão é um projeto do CAA/NM em parceria com a Kindernothilfe (KNH), que é uma agência de desenvolvimento, fundada em 1959 na Alemanha, com enfoque na criança e no adolescente.

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